Patrick Golloux foi o pai das novas metodologias e criação de treinos científicos em cavalos como criados para os humanos.
Exige: Conhecimentos sólidos sobre fisiologia do exercício/esforço & disponibilidade de meios de controle.

= Um plano de treino individualizado
Vai depender do Cavalo (raça, morfologia, idade, passado do animal, estado físico e psíquico), do Cavaleiro (conhecimentos, estado físico e psíquico), da Disponibilidade de material (Instalações e acessórios de treino e avaliação), do Clima e dos objectivos finais.
Meios de controle do treino, permitem ao cavaleiro/treinador por meio de vários parâmetros tomar decisões atempadas para o plano de treino dos cavalos.

Como acompanhar os treinos ?
Por meio de testes da condição física pela Frequência cardíaca (indicador de metabolismo aeróbico), Lactato (testemunho do metabolismo aeróbico) e velocidade (controle do metabolismo aeróbico).
Frequencímetro cardíaca no Animal
Medidor de Lactato
Velocímetro (GPS)
O Método Moderno - DOIS tipos de TREINAMENTO !!!
•Treino por INTERVALOS •Treino CONTÍNUOS
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•Treino por INTERVALOS
Fracionamento da Duração/Distancia realizando um maior volume de Trabalho/Treino com intensidade mais elevada… (+ tempo ou + velocidade);
Jogamos com a intensidade e duração das:
Séries/Sessões;
Recuperações;
Nº de Repetições.
São processos rápidos e precisos…
Mas menos estáveis que o Treinamento Continuo.
•Treino CONTÍNUOS
Trabalhar a capacidade de manter um consumo elevado de O2 por um longo período.
Desenvolver harmoniosamente o metabolismo aeróbico e torna-lo mais duradouro !
Rendimento melhora se conseguir enquadrar o dois tipos de Treino !!!
Trabalho demasiado lento não fornece evolução...
Articulações não atingem sua total mobilidade / amplitude;
Músculos não trabalham a velocidades para solicitar fibras especificas;
Cavalos rotina-dos em trabalhos lentos e no plano, galopam sobre as espáduas sobrecarregando ainda mais o antemão do equino.
VOLUME DO EXERCÍCIO
(Intensidade, Duração e Frequência)
INTENSIDADE
A frequência cardíaca é um bom indicador;
A velocidade é a maior determinante;
A uma dada velocidade, a intensidade do exercício aumenta em função da impulsão, do peso suportado ou da elasticidade do piso (terrenos “pesados”);
A temperatura e a humidade relativa também fazem variar a intensidade.
Depende sempre da quantidade de energia consumida por período de tempo.
Intimamente ligado as solicitações energéticas.
Fadiga – Sofrimento – Calor
Influencia diretamente a Intensidade que devemos utilizar.
DURAÇÃO
(Dependente do objetivo e fase do treino)
Em função do objetivo do treino:
Longa duração/baixa intensidade para trabalhar a resistência;
Curta duração/alta intensidade para trabalhar a força e a velocidade.
Em função da fase do treino:
Primeira fase: manter a baixa intensidade, aumentando a duração;
Fases seguintes: manter a duração, aumentando a intensidade;
Fase final: específica de cada modalidade; a duração do exercício e da recuperação tendem a mimetizar a competição.
Treino por Intervalos
Rácio ---- trabalho : recuperação
Entre 1:1 e 1:2 para o treino aeróbico
Entre 1:5 e 1:6 para o treino anaeróbio.
FREQUÊNCIA
(Descreve o número de sessões de treino durante um determinado período de tempo)
Depende se o objetivo é melhorar, manter ou reduzir o nível de forma num dado momento;
Quando o objetivo é melhorar a forma, a frequência recomendada para o treino cardiovascular e de força é de 2 a 3 vezes por semana, com pelo menos um dia de intervalo entre sessões;
Para manutenção, um a dois treinos semanais é suficiente;
A frequência excessiva gera problemas de sobrecarga (overloading);
Todos os dias da semana se devem praticar exercícios de flexibilidade.
CARGA PROGRESSIVA
(Alternância entre aumentos de carga e períodos de adaptação chama-se carga progressiva.)
Para obter o efeito de treino, o organismo tem de ser sujeito a aumentos graduais da carga de trabalho; após cada aumento, a carga é mantida para permitir a adaptação do organismo, antes de voltar a aumentá-la;
No treino cardiovascular, a carga progressiva obtém-se por aumentos graduais na duração ou na velocidade, semanalmente;
No treino de força, obtém-se por aumentos semanais na intensidade ou no número de repetições;
Nos exercícios de flexibilidade, a carga progressiva representa um aumento no grau de alongamento (stretching).
SOBRECARGA (overloading)
Sobrecarga do treinamento cardiovascular:
Inapetência, diminuição do rendimento e aumento do hematócrito.
Sobrecarga do treinamento de força:
Ao nível do músculo (distensões musculares de grau variável);
Ao nível das estruturas de apoio (fraturas, roturas e processos inflamatórios de tendões e ligamentos).
Para evitar a sobrecarga, o programa de treino tem de contemplar o facto das estruturas de apoio terem um período de adaptação mais longo do que os sistemas cardiovascular e muscular.
Regra geral, o cavalo não deve realizar o mesmo tipo de sessão de treino em dias consecutivos, para permitir tempo de recuperação suficiente entre sessões para a reparação de micro-lesões.
Os primeiros sinais de sobrecarga podem ser detetados pela palpação diária das extremidades dos membros, antes e depois da sessão de treino.
Aspetos a ter em atenção são:
Deteção de calor anormal nos cascos;
Exploração do pulso digital (em repousa, quase não se sente num cavalo saudável);
Palpação dos 2º e 4º metacarpianos e metatarsianos;
Palpação do ligamento suspensor do boleto e dos tendões flexores com o membro em apoio.
PERDA DE FORMA
(Cada vez que se interrompe o treino, o cavalo perde forma)
A velocidade (tempo) que o cavalo perdeu a condição cardiovascular, músculo-esquelética e a elasticidade, vai determina o tempo necessário para o recondicionamento do cavalo após um período de repouso.
(Fator importante e a ter em conta durante a recuperação de lesões)
Um período de inatividade de um mês (ou inferior) causa perdas mínimas do condicionamento cardiovascular; deve no entanto reintroduzir-se o ritmo de trabalho ao longo de alguns dias.
Paragens de duração superior levam a uma perda apreciável da forma cardiovascular, embora esta se recupere de forma razoavelmente rápida.
Deve sempre ter-se em conta que o ritmo deve ser estabelecido pela capacidade de adaptação das estruturas de apoio (mais lenta).
CONCLUSÕES
Elaborar cuidadosamente um Programa de treinamento.
Mapa de controle de dados
(REGISTAR todos os parâmetros possíveis da sessão de treino).
Preparação física eficaz prepara a sessão:
Para o animal treinar tanto tempo / distância a uma determinada velocidade.
Sempre importante treinar o gesto e atitude de cada modalidade !
REGISTOS CRONOLÓGICOS em que o treinador:
Explica de forma clara o trabalho do dia a dia;
Incluindo o planeamento da condição física e do trabalho técnico especifico até a competição.
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